Ao contrário das prostitutas comuns, que trabalhavam em locais públicos e frequentemente viviam em condições precárias, as "Delicatae" operavam em ambientes mais luxuosos e privados. Elas eram encontradas em elegantes bordéis e casas de banho frequentadas por pessoas influentes da sociedade romana.
A profissão das "Delicatae" era uma das poucas formas de emprego para mulheres na Roma antiga, e muitas delas escolhiam esse caminho para garantir uma vida melhor e mais próspera. Algumas eram escravas que haviam sido treinadas para esse fim desde jovens, enquanto outras eram mulheres livres que decidiam ingressar nessa atividade por vontade própria.
No entanto, apesar de sua posição privilegiada dentro da hierarquia da prostituição romana, as "Delicatae" ainda enfrentavam restrições sociais significativas. Elas não tinham os mesmos direitos legais que outras mulheres livres da sociedade, o que as impedia de se casar com homens livres, herdar propriedades ou escrever testamentos. Essas limitações eram uma consequência do estigma social que cercava a prostituição na época.
A imagem das "Delicatae" na Roma antiga foi perpetuada em várias formas de arte e literatura da época. Pinturas e esculturas retratavam essas mulheres com traços delicados e elegantes, ressaltando sua beleza e encanto. Além disso, algumas obras literárias também mencionavam essas prostitutas de elite e suas interações com personagens proeminentes da sociedade.
Em suma, as "Delicatae" ocupavam uma posição única na Roma antiga, representando um aspecto complexo e intrigante da vida social daquela época. Seu papel como prostitutas refinadas e elegantes oferece um vislumbre das nuances culturais e sociais desse período histórico, deixando-nos com uma compreensão mais profunda da complexidade da vida nas antigas civilizações.